Paz (aloha)!
Como alguns sabem, sou um curioso nato. De umas semanas pra cá, comecei a me indagar sobre símbolos (logos) que conhecemos, reconhecemos, usamos, difundimos mas que, por muitas vezes, não sabemos de onde surgiram. Levando isso em conta, estou iniciando algumas pesquisas sobre esses símbolos, e o primeiro já rendeu um post! Espero que gostem. 😉
Quem não conhece ou nunca viu o logo da Cruz Vermelha? Poucos.
A Cruz Vermelha Internacional e seu logo foram criados pelo suíço e prêmio Nobel da Paz de 1901 Jean Hanri Dunant em 1863 após ter visto os horrores da Batalha de Solferino. A instituição foi reconhecida no ano seguinte pela 1ª Conveção de Genebra. O símbolo hoje também sinaliza serviços médicos das forças armadas no mundo.
O logo é a inversão da bandeira suíça, ou seja, cruz em vermelho no fundo branco e é reconhecido como a conexão entre as leis dos Direitos Humanos Internacionais e a Suíça.
Mas enquanto esse logotipo (ou emblema, como gostam de chamá-lo) não tem nenhuma conotação religiosa, na época de sua criação, ele não foi aceito pelos soldados do Império Otomano (atual Turquia) por lembrar o uniforme das tropas Cruzadas da idade média (que carregavam uma cruz no peitoral), então em 1876 eles começaram a usar um crescente (símbolo do Islã) vermelho ao invés da cruz (símbolo do Cristianismo).
Em 2006, por resultado da adição do III Protocolo Adicional às Convenções de Genebra, foi criado um terceiro símbolo, chamado de Cristal Vermelho, que tem o mesmo status e significados da cruz e do crescente.
Esse novo logo foi criado para dar proteção as vitimas de guerra e aos colaboradores humanitários em situações/locais onde o crescente e a cruz não poderiam ser usados e/ou se o caráter de universalidade do Movimento fosse questionado.
Creio que esse seja um dos logos mais reconhecidos no mundo. “Daniel, você é louco em dizer isso?” – Você pode ter pensado, mas digo isso pelo fato que, infelizmente, existem dezenas de países que passam ou passaram por períodos de guerra e é ai onde a cruz, o crescente e o cristal vermelho se tornam reconhecidos, isso sem contar que esses logos comunicam exatamente o que essas pessoas mais precisam ter nesse momento: esperança!
UPDATE 19-11-08
Pessoal, o nosso querido colaborador Daniel Pels, professor no Rio, nos mandou um material excelente sobre a Cruz Vermelha de Israel. Agredeço em nome de todos os colaboradores do LogoBR ao Prof. Daniel por compartilhar de seu conhecimento conosco. Por isso o LogoBR é um lugar bacana: todos que querem, participam! Bom, vamos lá:
Como a Cruz e o Crescente são claros símbolos do cristianismo e do islã, respectivamente, não poderiam ser usados em Israel, terra do judaísmo (religião mãe das duas citadas). Logo, foi criado o MDA (ou MADA): Magen David Adom, que é o serviço nacional de saúde israelense, ou “Cruz Vermelha Israelense”.
Vale lembrar que a Magen David Adom coopera com a Cruz Vermelha e com o Crescente Vermelho mas não faz parte da Comitê Internacional da Cruz Vermelha, por enquanto. Já está em pauta o reconhecimento não somente da MDA mas também de todos os símbolos reconhecidos pelas Convenções de Genebra e todos os seus Protocolos Adicionais.
Fontes:
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