"Estraesteticar" no Design Gráfico

por Elvis Benício

Hoje irei jogar no “meio de campo” uma discussão sobre duas palavras ligadas diretamente ao design comercial: Estética e Estratégia. Não pretendo aprofundar muito na filosofia sobre a estética no qual muitos respeitáveis autores, como Jung, Hume, Hillman, Hutcheson, ECO, entre outros que abordam com maestria. E tão pouco ir muito longe com questões de estratégia de marketing, publicidade e propaganda.  Este artigo é apenas uma exposição de certas análises na qual tenho feito em meio a projetos que realizo na correria do dia a dia.

Acredito que diariamente você, assim como eu,  deve se deparar com portfolio de muita gente habilidosa e criativa na web ou em revistas. São horas e horas adicionando aquela peça inspiradora em seu bookmark . De vez em quando, entre uma página e outra, aparece uma peça realmente deslubrante, inspiradora e audaciosa. Não há nada de errado em abastecer seu repertório visual, pelo contrário, é sempre bom estar “antenado” no que anda sendo utilizado e experimentado. A questão que fica é: qual foi a real intenção daquela peça? Em qual mídia foi aplicada? Ocorreu algum Crossmedia? Atingiu o público certo? Era para vender, anunciar, divulgar alguma ideia ou um produto? Enfim… perguntas que começam a surgir quando analisamos de um ponto de vista projetual.

Nos livros aprendemos que o design gráfico é um projeto de comunicação no qual se transmite mensagem através de um meio. Sendo assim, é de grande importância o designer saber tornar essa mensagem mas direta possível, certo? Lembrando que estou me referindo ao design comercial, onde a mensagem é mais objetiva, a falta de uma direção estratégica pode prejudicar na criação de uma peça ou até mesmo falhar na comunicação. Já no campo da arte, a mensagem seria algo mais subjetivo e mais estético. O artista utiliza da sua expressão para comunicar algo de seu consentimento e visão. E é justamente nesse ponto em que confundimos a forma com que trabalhamos em um projeto gráfico. Estamos criando algo de nossa preferências ou para público que irá receber tal mensagem?

Nesse caso a estratégia aparece como uma diretriz na comunicação. Dá a base, fundamento e direção para o que será criado. A estratégia não deve ser um fator limitante da criatividade e ainda pode se tornar uma ferramenta muito eficiente, sendo utilizada a seu favor. O perigo está quando estamos envolvidos no processo de criação de um peça gráfica e esquecemos a real importância para sua funcionalidade e aplicação e acabamos desenvolvendo ilustrações experimentais “non-sense”. Não defendo muito a ideia da experimentação sem propósito porém defendo a experimentação baseada em um briefing. Se o Refrigerante KUAT vende o conceito de “sabor da amazônia” se espera uma arte direcionada as belezas da Mata Amazônica ou algo relacionado a Flora e Fauna. A experimentação se dará com base em conceitos concebidos no briefing.

Aliás, se tratando de Brasil, tenho notado que a publicidade de agências tradicionais estão se aventurando cada vez mais no campo experimental artístico, utilizando mais o poder da estética em cada peça criada. Lembro que há 10 anos atrás mais ou menos, recortava anúncios de revistas de diversas grandes agências e idolatrava aquelas peças onde era utlizada cores vibrantes, grafismos diversos, tipografias handmade. Eu realmente gostava de ver aquela sinfonia de composição mesmo sem saber o que era serifa, grid, gradiente, gestalt. Anúncios como os da Havaianas foram minha porta de entrada no design gráfico. Na época anúncios como esses eram impactantes, já que muitos se prezavam mais em fotos bem tratadas e pouca inserção de ilustrações ou algo mais artístico. Mesmo assim, no Brasil ainda há muito o que se explorar e aprimorar no campo de comunicação visual.

Para exemplificar mostro um case no qual me despertou interesse pela qualidade e ousadia estética. Case das campanhas da marca de jeans LEE.  Como você ou seus pais devem saber, essa é uma das mais tradicionais no râmo textil mundial. Surgiu no final do século XIX nos EUA evocando toda a tradição do mais puro estilo western. Em 1995 a marca ganhou o mercado asiático, passando ser dominante no ramo jeans. Sua estratégia certamente teve de mudar para se adaptar a forma de comunicação daquela região.

A peça abaixo criada pela Lee Philipines, além de chamar atenção pela experimentação gráfica dos elemetos e grafismos, traz um carga técnica de execução bem apurada e inspiradora. O seguimento LEE PIPES remete a comunicação do conceito KILL BODEROM (mate o tédio), traduzido nas peças com muito movimento e carga excessiva de cores. Note como o lado estético é bem utilizado, assim como a função real da mensagem que é abordar o uso das calças com liberdade de movimento.

• Lee Pipes – Kill the Boredom •

• Lee Pipes – Kill the Boredom •

A comunicação visual de uma marca tem muito mais PODER quando gerenciada em uníssono entre a estética a sua estratégia. Fica essa indagação para que no seu próximo “job” você não pense somente em layers, filters, pathfinders, effects… A partir do momento em que você questionar sobre o real sentido da comunicação de uma peça, estará subindo um degrau.

Mas, vamos conversar! Qual sua opinião? Acredita que a estética apurada ajuda na formação de grandes marcas?


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Comentários

24 respostas para “"Estraesteticar" no Design Gráfico”

  1. Avatar de Jader Mattos
    Jader Mattos

    Penso que o grande problema dos criativos é encarar o método como uma forma de bloqueio. Na verdade o método potencializa a criatividade quando a torna mais objetiva.
    Belo post, Elvis!

  2. Avatar de Matheus Dix
    Matheus Dix

    Concordo com o Jader que a estratégia deve guiar o projeto e não ser apenas um detalhe chato, como muitos pensam.
    Como você levantou, com certeza a estética apurada guia uma marca a um bom posicionamento. O problema é quando a estética é boa, mas fica limitada a modismos e mais do mesmo, acabando por gerar uma pasteurização visual. A marca não se destaca. Você não consegue saber se é uma propaganda da marca, se é de um concorrente, ou até de uma outra marca que não tenha nada a ver com a área dela.
    Ótimo post. Elvis Benício sempre polêmico. ;D
    Aguardo os próximos.

  3. Avatar de Eduardo

    “A estratégia não deve ser um fator limitante da criatividade e ainda pode se tornar uma ferramenta muito eficiente, sendo utilizada a seu favor.”

    A verdade é que não consigo conceber design gráfico de outra maneira que não respondendo a um propósito muito concreto e refletido, que pode ser incorporado como parte da estratégia identificá-lo.

    Qualquer coisa distante disso, a meu ver, deixa de ser design gráfico, pois não há solução que possa ser dada por este se não há um problema a ser resolvido. Torna-se alguma coisa do campo das artes gráficas, não design gráfico.

    Concordando com o que o Jader escreveu no comentário acima, o método de maneira alguma é inibidor de soluções criativas. Pelo contrário, norteia apenas o ponto onde se deseja chegar, para que a solução proposta seja, de fato, solução de um problema, e não especulação estética ou artistagem barata. É, ao final das contas, uma questão ética: se a formação do designer demanda que este resolva problemas comunicacionais gráficos, ele deve fazê-lo. Se não o faz, de duas, uma: ou não foi competente, ou não é design gráfico.

  4. Avatar de Elvis Benicio

    Ótimos Feedback colhidos aqui. É uma questão polêmica, de fato, porém algo que passa por nós todos os dias, em cada projeto que lidamos. Assim, afirmando com o que o Eduardo expôs em seu comentário: “…é uma questão ética.” Cada profissional, que ama e acredita realmente naquilo que faz, sempre pensará em executar seu trabalho visando primeiramente a qualidade.

  5. Avatar de Gabriel
    Gabriel

    ótimo post e ótimos comentários…concordo com todos eles, só que infelizmente na prática muitas vezes precisamos pensar mais no lado estético do que no conceitual em si, e não por falta de vontade de refletir sobre isso, mas por
    necessidade…

    Trabalhando dentro de uma agência muitas vezes você observa que não é possível se utilizar do que realmente é o design gráfico (toda essa reflexão em torno da comunicação de uma peça gráfica como ja foi belamente descrito no post e nos comentários acima.) e precisa trabalhar em cima de pouca verba, briefing mal feito e mal resolvido, pouco tempo…E por mais que essas dificuldades não sejam (ou não devessem) ser inibidores da criatividade, acabam ser tornando obstáculos e nos fazendo refém desses problemas. Então não é só uma questão de educar somente o designer, mas também educar melhor o cliente para que a profissão de designer gráfico possa ser utilizada com o real objetivo que ela tem, além de valorizada.

    1. Avatar de Daniel Campos
      Daniel Campos

      Gabriel,
      Tudo o que você disse é a mais absoluta verdade. Para o profissonal existem dois caminhos a trilhar a partir disso:
      1 – ou sucumbe a essa estrutura retrógrada de agências (algo que não entendo como pode ainda ser utilizado) e se torna realizado ou não no trabalho;
      2 – ou diz não a tudo isso e tentar trilhar seu próprio caminho, fazendo o que acredita e da forma mais certa. Alguns chamam isso de empreendedorismo.

      Acabei ficando com a segunda opção. É mais difcil, sem dúvida, mas eu não consigo aceitar essas estruturas, tampouco ser feliz e realizado com meu trabalho tendo que “andar na linha”
      Existe um terceiro caminho que é mudar de profissão, mas esse não conta perante o tema que está sendo discutido.

      Parabéns ao Elvis pelo primeiro post. Debutando em grande estilo no LOGOBR.

  6. Avatar de Felipe
    Felipe

    Cansei de escutar em minha agência: ” Tem briefing não, faz algo bonito ae” .

    Mas outra coisa que gostaria de acrescentar na discussão é o tal “design casabahia” que as vezes nos deparamos, dizem que algo bonito esteticamente não atingiria o público alvo. Acredito que ainda exista muitos mitos, muitos paradigmas em relação a “estratégia” .

  7. Avatar de Cristiana Fernandes (Kitty) - Coordenadora do Curso de Design, UniFOA

    Elvis, ficou bem bacana a matéria. Mas é importante ficar claro que essa experimentação está sujeita à inovação tecnológica e aos recursos da época. É muito comum vermos projetos experimentais feitos nos anos 90 com cara de 90′. Bem bacana a argumentação.

    Ao contrário do que a gente acha, Design Experimental é uma conversa de 15 anos. E só foi possível por causa dos recursos de Computação Gráfica.

    Ah, e mesmo experimentação, conforme você mesmo disse, deve estar não só inspirada, mas também muito bem fundamentada! Inspiração é baseada em repertório. Eu acredito que muitas coisas “bacanas” que estão pintando hoje, amanhã vão simplesmente desaparecer por falta de base… que não é o seu caso, é claro!

  8. Avatar de Thiago Furquim

    Concordo com o Gabriel, o cliente, o briefing, e o tempo na maioria das vezes são limitadores para unirmos estratégia e estética de forma mais aprimorada. Muitas vezes os próprio cliente já vem com uma idéia pronta, onde você tem mais que colocá-la no papel aplicando uma boa estética. Os clientes não entendem o serviço que estão contratando. Quando você compra um produto, você quer usa-lo de maneira completa, usar todas as suas funções. E com o design gráfico deveria ser a mesma coisa, mas infelizmente não é sempre assim que acontece. Nossos serviços muitas vezes são utilizados pela metade, somos contratados mais pelas nossas habilidades em um software ou de ilustradores do que como um designer como um todo. As vezes parece que falta confiança ou o cliente não entende que ele está fazendo um trabalho para atingir o seu público e não o seu próprio gosto. Enfim, acredito que esses são fatores com grande peso que dificultam fazermos um trabalho completo integrando estética e estratégia!

    Post bem bacana! bem escrito e argumentado Elvis. Parabéns!

  9. Avatar de Elvis Benicio

    Estou realmente gostando da posição de todos vocês sobre esse tema. Só vem comprovar que existe profissionais que se preocupam com essa área tão importante e por muitas vezes tão desconhecida pela maioria.

    Engatando nesse bonde, vocês possuem alguma sugestão para o próximo post? Espero a colaboração de todos.

    envie um mail para elvis@logobr.org

  10. Avatar de Rogerio Fratin

    Ah, que felicidade que me dá ver que ainda tem gente que produz conteúdo pra blog e não simplesmente copia-e-cola tudo de meia dúzia de sites, Flickrs e Deviant Arts e monta o seu próprio, cheio de propagandas, links patrocinados e tudo mais que couber, desconexo, irritante. Questionar é uma arte rara e pensar caiu em desuso. Antes de qualquer coisa, Daniel, parabéns por não fazer parte dessa GRANDE patota, que imagino que aumente sua proporção assustadoramente a cada dia.

    Quanto ao texto: Muito bom teu questionamento. Ainda mais quando se trata de publicidade. Os anúncios parecem ter cada vez mais elementos à toa e cada vez menos elementos contextuais. Se falarmos de web, temos uma enxurrada de gradientes, sombras e tudo. Não usar parece errado, já. É só ver os grandes portais de conteúdo na internet: Aos poucos vão absorvendo essa “layer-effectização” que as agências ditam. “- Ah, mas é bonito”, diria o publicitário incomodado. Sim, até pode ser, mas não é simplesmente disso que precisamos, como você bem pontuou. E daí, junto com os problemas estéticos/estratégicos, vem as brilhantes ideias marketeiras que fecham o conjunto da maneira mais infeliz possível, como o carro da Volkswagen edição Rock in Rio ou o squeeze do Bob’s também do festival de rock. O que o carro tem de essência do Rock in Rio? As músicas? Bah… Minha pen drive também as tem e ela não é do Rock in Rio. Quanto ao squeeze em formato de guitarra do fast-food, não vou comentar nada. Entrei esse ponto porque acredito que não sofremos apenas pelas atrocidades causadas pelos passeios no bosque da estética e da estratégia, sem dar as mãos. Acho que os projetos, no geral, tem sofrido com a falta de contextualização. Tudo rápido, raso, efêmero, descartável. Aí vem um e diz “Ah, mas as vendas aumentaram em 300%”. Grande coisa. É o Tchan vendeu milhões de discos nos anos 1990 e eu ainda acho uma porcaria. Os stand up comedies que repetem as piadas um dos outros por vários anos ainda tem público que vai pra rir da mesma piada por 2, 3, 5 vezes. Também não quer dizer que é bom. E ainda bem que tem gente como você que se pega nisso. Ainda resta esperança à nossa profissão.

    Me desculpe, acho que me estendi.

    Abraço!

    Fratin

    1. Avatar de Daniel Campos
      Daniel Campos

      Falai Rogério!
      Que prazer receber seu comentário e visita. Nos sentimos honrados por isso. Obrigado!

      Quanto ao seu comentário, estou com você. Somente em um ponto preciso discordar: o texto não é meu, é do Elvis Benício.

      Portanto, transfiro todas as honras a ele 🙂
      Valeu meu querido, te esperamos mais vezes por aqui hein!

      abs

  11. Avatar de Elvis Benicio

    Grande Rogério, Obrigado pelo feedback 🙂 A intenção do post é justamente gerar conteúdo e disseminar opiniões. Caso tenha sugestões para post e discussões me envie um mail elvis@logobr.org

    abs!

    EB.

  12. Avatar de tony

    Excelente, Elvis.

    A única coisa que me incomoda – e sempre irá incomodar – é quando um profissional tira o seu da reta e joga a responsabilidade no cliente, no tempo, no universo… quando está nas mãos e na cabeça dele pensar em estratégia e estética, e buscar a viabilização do trabalho com excelência (afinal você já foi contratado com a requisição de qualidade!). Quem recebe um trabalho para executar e não pensa no resultado de mercado tanto quanto no gráfico, não merece ser chamado de profissional…

    Outra coisa, mas essa ainda leva mais tempo: a bobagem de colocar num balaio só, de sustentar esta lenda de “(adicione situação incomoda) publicitário é que faz isso / coisa de publicitário”. Como se boa parte dos diretores de arte não viessem das academias de design. Como se boa parte do pessoal de agencia sequer fosse da publicidade… competência, felizmente, não é exclusividade de um perfil só de graduação!

    No mais, a teoria é clara quanto ao que realmente significa estética e estratégia, mas a subjetividade que cada empresa, cliente, e respectivas culturas, somadas a do profissional em questão, geram as vezes as divergências entre “eu já vi tudo isso no FFFFOUND” e “baita material, vou me inspirar”. O que é “bobagem visual estilo-casasbahia-nhénhé” pra um é identidade de marca pra outro. Simples assim.

  13. Avatar de Rogerio Fratin

    Elvis, ma’ friend!
    Cara, me desculpe, digitar Daniel aqui foi meio que automático =/
    Prometo mais atenção da próxima vez 😉
    Abraço pros 2

  14. Avatar de Elvis Benicio

    Hey Tony, sua opinião ao redor da responsabilidade é muito válida. E isso pode ter um nome específico “ÉTICA PROFISSIONAL”. Acredito que é o mínimo que devemos possuir. Saber argumentar é ser profissional. Bater boca é falta de ética.

  15. Avatar de Elvis Benicio

    Rogério, de boa meu caro. Aguardo seus comentários nos próximos artigos. Fique atento por aqui.

  16. Avatar de Gláuber Kélvin
    Gláuber Kélvin

    Simplesmente perfeito essa postagem! Boa.

  17. Avatar de Narita
    Narita

    Oi, Elvis. O seu artigo é pertinente. Particularmente, acredito que a estética deve estar a serviço de uma etica, nesse caso, estratégia. O entendimento e a assimilação de uma boa mensagem esta diretamente ligada à sua coerência. Quando o designer, o publicitario ou seja lá quem for não atende esse quesito, ele desviou o real propósito dessa mensagem.

  18. Avatar de Elvis Benicio

    Muito Obrigado pelo acréscimo Narita. Reforço que qualquer profissão que lida com comunicação em geral, deve lembrar que estará lidando com emoções sensoriais (visão, tato, audição…). Temos o poder de gerenciar tais expectativas. Cabe a busca do conhecimento além da estratégia ou estética. Acredito nisso.

  19. Avatar de Beto Nunes

    Achei muito pertinente o post e a colocação de todos. Tenho visto muita gente se preocupando em apenas fazer um desenho foda, com muitos detalhes…e por ai vai, mas sem direcionamento. Toda peça tem uma mensagem e se isto não esta claro na peça, é por que não foi bem construida.
    Devemo sim, pensar na estetica de uma peça mas atentar pra que ela nunca perca seu real foco.

    Parabéns pelo post Elvis

  20. […] deverá atingir sua função.  Isso faz um “link” daquele post anterior sobre Estraestesticar , onde abordo justamente a relevância da experimentação com um propósito. Portanto, caso esteja […]

  21. Avatar de Daniel Raposo

    A estratégia faz parte do design e do processo criativo. A estética da mensagem é uma consequência de um processo mental, estratégico e metodológico que passa pela adequação ao público.
    Infelizmente, a avaliação de portfólios é feita superficialmente e sem atender ao contexto de realização e mercado em que se insere o trabalho.

  22. Avatar de Ricardo

    Primeiramente, parabéns pela publicação. Me inspirou a analisar maus hábitos adquiridos com o tempo de trabalho.
    Como muitos mencionaram, realmente há um grande volume de trabalhos se enchendo de “pra que isso” que muitas vezes faz com que o foco do produto fique em segundo plano. Quanto à estética dos projetos em portfolios, acredito que cada profissional tem uma bagagem que vai refletir no que ele produz, um repertório mental e visual, referências pessoais e estéticas que influenciam no seu processo de criação. O caminho que se faz para atingir pode ser o caminho que se aprendeu a seguir, porém nem sempre pode ser o que fará com que os outros cheguem. Um bom profissional de design entenderá que para atingir o seu propósito terá que “navegar em outros mares” e não isolar-se em sua “ilha”.

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