Em pleno Vale do Silício existe uma das mais renomadas instituições de ensino do mundo, a Universidade de Stanford. Lá no meio, entre programas como medicina, direito, engenharia existe um prédio que promove a integração de pessoas para projetar um mundo mais empático, colaborador e experimentador, a d.School. Com o lema “we build innovators”, a escola ensina (e utiliza) o Design Thinking como mecanismo base para a colaboração entre estudantes, professores e a indústria.
Estive por lá mês passado e, sem dúvida alguma o que mais me chamou a atenção é o ambiente lúdico e multi-funcional que eles conseguiram criar por lá. O objetivo deste post é mostrar um pouco mais este aspecto da escola então nada melhor do que iniciar com um vídeo com depoimento dos próprios criadores do espaço:
A verdade é que o ambiente atual é fruto de uma sucessão de protótipos (falhos e bem sucedidos), pois a escola encontra-se atualmente em sua terceira versão (já mudaram duas vezes de lugar). Desta forma, com o passar dos anos e a necessidade de se adaptar a espaços novos, os quais geralmente encontravam-se dentro de modelos tradicionais e assim crus para a escola, e tendo já aprendido o que funcionou nas experiências anteriores, os criadores do espaço tem realmente se superado na criação de uma casa para o Design Thinking. Sobre isso, Scott Witthoft, um dos diretores de “ambiente colaborativo” da d.School disse, em uma reportagem da Fast Company sobre a inauguração do novo prédio que, “espaço pode alimentar o processo criativo ao encorajar — ou desencorajar — comportamentos específicos.”. Particularmente, é exatamente isso que tenho vivido diariamente em projetos, seja trabalhando apenas internamente com a equipe ou facilitando sessões de co-criação: espaço é fundamental para ditar o ritmo em sessões colaborativas.
Veja a seguir algumas fotos comentadas que tirei na d.School. Peço desculpas desde já pela baixa qualidade da imagem, mas na época a lente do meu celular estava com um arranhão…
No segundo andar, um amplo espaço para colaboração, podendo ser dividido com boards para trabalho (com post-its coloridos). O mais interessante nesta imagem é que a sala pode facilmente se reconfigurar para ocupar um grande grupo de trabalho ou vários pequenos, sempre de maneira “reservada”.
Materiais para prototipagem rápida estão disponíveis em vários carrinhos, os quais podem ser levados até o local de utilização. Tudo de uma maneira auto-organizada, do-it-yourself, ao melhor estilo americano.
Ao lado do “espaço aberto”, algumas mini salas de projeto utilizada por professores e alunos com projetos especiais, por um determinado período de tempo. Uma delas abriga, por exemplo, a iniciativa K-12 que procura melhorar o ensino em escolas para crianças até 12 anos (do Kindergarten aos 12 anos: K-12).
Protótipos mais avançados podem ser feitos na sala de prototipagem. Aqui, nada muito diferente do que podemos encontrar em oficinas de universidades de design de produto, porém os tags e a forma que a parede com os equipamentos se configura mata a pau, não? Mais uma prova do “do-it-yourself” …
Precisando de boards brancos para seu projeto? Pegue um no carrinho mas devolva após utilizar. Certifique-se de usar apenas os que precisa e devolvê-los limpos, ok?
Porque também são necessárias aulas… tradicionais. 🙂
Por hoje é só, pessoal! Espero que tenham gostado do post e na próxima voaremos para a costa leste americana para conhecer o que anda acontecendo na Parsons New School for Design.
ps. Aos que esperavam deste post um pouco mais de “how to” do lado de lá, felizes ficarão em saber que a d.School disponibilizou uma série de ferramentas em seu site. Vale a pena dar uma conferida clicando aqui.
Deixe um comentário