Aloha!
Ando com muitas saudades de escrever por aqui. Conteúdo para produzir não para de chegar tanto a minha tela/mesa quanto a minha mente. A quantidade é maior do que meu poder de produção. Por essa razão venho postar esse projeto somente hoje, meses depois de tê-lo recebido de um gentil leitor do site (o qual não me lembro o nome. Por favor, se manifeste meu querido! : ).
Entretanto, não haveria momento melhor para postar sobre isso do que agora. Rio 2016, logo da Paraolimpíadas recém lançado, São Paulo agora com uma marca para si… place branding sendo estudado e feito em todo o canto.
Deste do fim dos Jogos de Pequim em 2008, Londres passou a ser o foco do mundo. Vendo a oportunidade maravilhosa que sua cidade estava tendo, o prefeito de Londres, Boris Johnson, anunciou em 2009 que iria contratar uma consultoria para criar uma marca para Londres, com lançamento previsto para antes de 2012 (o que parece que não irá acontecer). Uma marca que pudesse aproveitar tudo o que as Olimpíadas já estavam trazendo para a cidade e que projetasse Londres pós-2012. Algo mais que necessário pois, mesmo sendo uma das mais importantes cidades do mundo, na época Londres contava com 10 agências governamentais que promoviam o turismo, mas cada uma de forma independente. Resultado: um discurso pouco uniforme, já que não havia (há) uma marca única para a cidade.
Umas das agências participantes da “concorrência” foi a londrina Venture Three. Para quem não conhece, é deles o sensacional projeto de redesign da marca Little Chef. Sua proposta, ao que parece, não foi a aprovada. Então eles a transformaram numa marca não-oficial de Londres e a evoluiram para um logo olímpico.
Nossa proposta de criar uma marca unificada para Londres e definir a visão para a cidade pós-2012.
Londres. Complexa, diversa, emocionante, eclética, bonita, grande, pequena, cidade global. Não uma ideia, mas muitas. E muitas ideias para capturar em uma única ideia de marca. Londres. Precisa de um ícone e não de outra ideia.
Um novo ícone para Londres. Valente. Com visão de futuro. Poderoso. Uma tela aberta com usos e possibilidades ilimitadas. Vivificados por pessoas e ideias. Sem idade, sem raças, sem sexo, sem classes. Londres despojada à sua essência absoluta.
Londres. Nenhuma explicação necessária.
Tive o prazer de conversar com o pessoal da V3 sobre esse trabalho, e desse papo saiu uma pequena entrevista sobre Londres 2012. Falei com os partners Karen Leung e Stuart Watson, esse último o responsável pelo trabalho e quem respondeu as perguntas. Aliás, thank you so much V3’s people!
LOGOBR – Por que desenhar uma nova proposta para Londres 2012?
Stuart Watson – Nós criamos uma marca não-oficial para Londres no último ano e, obviamente, isso se expandiu naturalmente para um logo olímpico.
O release diz “Londres precisa de um ícone, e não de outra ideia”. O que isso significa?
Nós sentimos que Londres não pode ser resumida em um logotipo. Ela é muito diversa e o resultado final seria fatalmente acabar em um clichê. Em vez disso, queríamos criar algo icônico, e mais importante, algo que qualquer pessoa pudesse usar. Essa simplicidade brutal significa ser desenhado em estêncil, esboçado, ou criado no PowerPoint. Por isso nossa propósta é realmente democrática
Os projetos da Wolff Olins, geralmente, ditam novos padrões estéticos no design gráfico de marcas. Você acredita que acontecerá (ou que já está acontecendo) o mesmo com o design para Londres 2012?
Acredito que as pessoas estão se aquecendo para 2012, por tanto o design parece muito mais confortável agora. Não tenho certeza de que isso tenha influenciado o design. Não vi nada similar até agora.
Londres 2012 são os jogos olímpicos que mais atrairam investimentos na história. Isso significa que o design da Wolff Olins, bonito ou feio, funciona?
Funciona, sem dúvida nenhuma. A forma como os patrocinadores podem criar seus próprios logos de 2012 com suas marcas e cores é realmente original.
O que você acha sobre o design para Rio 2016, criado pela Tátil?
Tenho que tomar cuidado pois o designer é um bom amigo da minha esposa. Como devo dizê-lo? Não é o que eu teria feito.
Para mais sobre place branding para Londres, indico a leitura do artigo What will the Royal Wedding and the London 2012 Olympic Games do for the brand UK? da FutureBrand, falando sobre as oportunidades que a marca Reino Unido tem com dois grande eventos de mídia mundial como o Casamento Real e Jogos Olímpicos.
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