Aloha!
Apesar de já fazer um tempo, vale a pena noticiar e jogar aqui para discussão: o MyFonts, um do maiores revendedores de fontes do mundo (finalmente) mudou o logotipo. Abaixo uma amostra do que eles usaram desde 1999 até esse ano.
Pode não parecer surpresa (e não é!), mas o antigo logo foi originalmente projetado como um elemento temporário. O que eu acho que ninguém esperava era que esse temporário fosse durar 9 anos.
Após esse “breve período de testes”, o MyFonts provavelmente deve ter lido um dos milhões de emails sugerindo uma atualização no logotipo e lembrou que o “temporário” estava lá por quase 10 aninhos. Então no ano passado o MyFonts junto com a Underware, estúdio holandês especializado em wordmarks com types exclusivos e que foi tema de entrevista de uma newsletter do MyFonts há pouco mais de um ano atrás, começaram a trabalhar no desenvolvimento do novo logo e também novo site para a revendedora.
Achei um logo sensacional, que incorporou muito bem o conceito de “representar uma empresa que vende fontes”, pois com certeza, seria difícil algum tipo ser capaz de representar-la (algo constatado pelos próprios caras da Underware). Algo que está escrito também no site da Underware a respeito do logo e que achei interessante é:
“Time to write with the broom instead of the brush.”
Fiz questão de escrever para um cara que entende muito de types (tendo estudado na Inglaterra e na Holanda), Gustavo Soares, perguntanto a respeito dessa frase. Leia o que ele escreveu:
“Lendo o que o pessoal da Underware disse e vendo o logo fica óbvio que eles quiseram fugir das delicadezas do pincel. A relação de contraste no ‘My’ está bem estranha, grosseira até – muito mais definido está o ‘Fonts’, talvez até por uma questão óbvia de leitura. Para ilustrar meu ponto sobre a delicadeza do pincel, dê uma olhada em algumas coisas do Alejandro Paul, mas principalmente nas coisas da House Industries. São tratamentos impecáveis, e não é nem uma dependência de alto contraste. Existem fontes ‘brush-flavoured’ de alto, médio e baixo contraste, mas mais fiéis à delicadeza do pincel que à grosseria de uma vassoura – com a qual o controle de contraste seria dificílimo. Pense literalmente, pegue um pincel para desenhar uma letra e depois faça o mesmo com uma vassoura (conhecendo um pouco do histórico de workshops da Underware, não me surpreenderia se eles dissessem que desenharam o logo com uma vassoura de verdade!). No final das contas é subjetivo demais, mas para mim existe um algo esquisito no logo, talvez o ar ‘vassouresco’ ou talvez a indefinição do ‘My’ em relação à definição do ‘Fonts’.”
O cara manja hein! 🙂
Algo que achei interessante foi o “My” formar uma “mão”, porém o pessoal da Underware não comentou nada a respeito. Será que foi sem querer?
E vocês, o que acharam do trabalho?
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